quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Não ser apenas significante

Sabe aquela pessoa que sempre está colorida nas fotos preto-e-branco? Pois é, não sou eu!

Todos os dias vejo milhares de pessoas passando. Umas correndo, com uma p*ta cara de atrasada, outras apenas passando como se nem tivessem destino. Quando páro para pensar nas pessoas percebo que ninguém pararia para pensar em mim ou sobre mim.
É bom fazer algo para se destacar. Não é a mesma coisa que ser famoso, ou que fazer novela das oito, nem sair na Playboy. Mas é importante ser lembrado por algo notório que você fez ou por quem você é.
A música seria, para mim, um jeito de achar minha melhor face. Mas não tenho certeza se faria algo que me faria ser lembrada ou citada alguma vez. Tem muita gente que eu admiro, mas nada nelas eu consigo espelhar em mim. Há um reflexo muito vazio na minha vida, que num sei se refletiria algo bom ou apenas refrataria uma luz meio apagada.
Em todo caso, fico cansada às vezes de ser preto-e-branco. Não sei se cativo as pessoas da forma que gostaria, pois há muitas pessoas em minha vida que valem muito a pena. Seria difícil perdê-las, ainda mais sabendo que as coloridas são bem mais legais que eu. Mas num tem como ser diferente, dado que sua personalidade você não escolhe, você a tem. Escolhemos apenas em fazer o bem ou o mal, mas nem sempre como fazê-los.
Será que ao menos podemos tentar fazer de nossa vida colorida? Talvez. Mas quando somos PB, dificilmente colorimos alguma coisa. O negócio é tentar aprender a aproveitar a aquarela da vida. Pois acho que não há nada demais em admirar as cores dos primas mais preciosos que existem: a Natureza e os amigos.